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Dicas de Canoagem Como remar e se comportar num caiaque
Dicas de como remar e se comportar num caiaque Por Paulo Randow Simétrico Assimétrico Existem remos simétricos e assimétricos. Como remo simétrico numa competição ou quando há vento, enquanto uma pá está na água a outra está no alto, criando resistência ao movimento, como um freio aerodinâmico. Assim, utilizando-se remo assimétrico diminuímos a influência do vento na pá que está levantada, mas isso obriga o canoísta a girar a haste do remo nas mãos quando vai colocar a outra pá na água. Segurando a haste do remo com a mão que você tem mais firmeza, deixe a outra mão frouxa no momento da mudança de lado da remada e gire a haste com a mão que segura firme (igual ao acelerador da motocicleta) de forma que o ângulo da pá seja adequada a entrada na água para o melhor impulso, enquanto que nesse momento, a pá que foi levantada estará cortando o ar com sua lâmina. O tamanho ideal do remo é equivalente a sua altura mais o seu braço esticado, de forma que você consiga dobrar os dedos sobre a lâmina da pá.
Segure com as duas mãos o remo de forma que a distância entre cada mão seja igual ao seu ombro. Procure centralizar o remo ao seu corpo, para que cada mão fique numa distância igual a pá do remo correspondente.
Ao entrar com a pá do remo na água para dar impulso ao caiaque, procure fazer como se fosse cortar um pedaço de bolo e trazê-lo para si. Para isso, gire um pouco seu ombro ao lançar a remada, incline o corpo para frente do caiaque para buscar a água e puxe-a para trás girando o troco enquanto retorna o corpo para o encosto do acento, terminando o movimento da remada girando levemente o corpo como se estivesse acompanhando com o olhar a pá que segue em direção a popa, sem movimentos bruscos, pois lembre-se que você poderá fazer esse movimento por horas, durante um passeio ou expedição. Remar cadenciado com a inércia do barco irá fazer você aproveitar mais a remada, sem colocar força e ter um movimento suave, contínuo do barco. A maioria dos caiaques usados nos passeios ecológicos realizados pela Alma do Rio, são caiaques de lazer e turismo, que se encontram nas praias e lagos para aluguel. Isso significa dizer que a maioria não possui leme e sua dirigibilidade depende do uso do remo para fazer manobras.
Num caiaque com leme, basta o leme ser movido em ângulo que o caiaque responderá para o lado que se moveu o leme.
Na navegação com o remo, podemos mudar o caiaque de direção realizando dois métodos: 1 - Remar do lado contrário ao que desejamos direcionar o caiaque para que ele vá atendendo nosso desejo gradativamente. Isso pode ser demorado e em alguns casos atrapalha nosso intento, principalmente se há correnteza, e perdemos o ponto desejado, por exemplo: você vê uma fruta pendendo em um galho de árvore e deseja pegá-la. Se você remar somente do lado oposto ao que se encontra a fruta, você poderá passar do ponto e acabar desistindo, para não remar contra a correnteza. 2 - Usar a pá do remo como se fosse um leme. Nessa técnica o caiaque irá atender imediatamente. Para isso basta você colocar a pá do remo na água, perto da popa do caiaque, formando assim um leme do lado que você quer direcionar o barco. Quanto mais próximo da popa será melhor a dinâmica do giro, como um compasso que você coloca a ponta no papel e gira o lápis para fazer um círculo. Se você colocar a pá do remo próximo ao centro do caiaque, ele irá girar mais lentamente. Caso você tenha que girar rapidamente e ao mesmo tempo diminuir rapidamente a velocidade do caiaque, coloque a pá na água do lado que você quer direcionar de forma a ficar o remo na perpendicular do comprimento do caiaque, pois a pá funcionará como um freio hidrodinâmico e o barco irá girar enquanto diminui a velocidade rapidamente. Nos caiaque duplos quem faz a mudança de direção é quem está na popa (atrás), enquanto o que está na proa (a frente) tem a função principal de propulsão. Quando os dois conhecem a técnica de navegação com o remo, o companheiro da proa (frente) poderá ajudar muito na navegabilidade, muitas vezes remando no lado contrário ao da popa, remando para frente ou para trás de acordo com a intenção do movimento. Remar para trás irá fazer com que o barco gire para o lado que se está remando e fará o barco diminuir a velocidade drasticamente. Remar para trás é colocar a pá do remo na direção da popa e trazer a água na direção da proa, o contrário do movimento normal da proa para popa. Num caiaque simples, para parar o barco rapidamente mantendo o rumo, basta colocar a pá do remo na perpendicular do barco e quando ele começar a girar, colocar a pá oposta do remo no outro lado, também na perpendicular, e repetir a alternância de pá até o caiaque parar. Num caiaque duplo, basta que cada um coloque a pá do remo na perpendicular, cada um num lado do caiaque. Imagine agora você conversando e de repente surge um galho de árvore na frente do caiaque. Nunca incline seu corpo para o lado do caiaque, pois ele tenderá a girar e você irá parar na água. A forma correta é curvar o seu corpo para cima de suas pernas e o remo pode ser usado como defesa de sua cabeça, colocando-o no sentido da proa (frente) para a popa (trás) de forma a não se agarrar nos galhos e levantá-lo para que não atinja seu corpo. Nessas situações, o colete salva-vidas irá te ajudar a evitar pancadas em suas costas e evitar se arranhar com pontas e espinhos que existir na planta.
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O caiaque foi inventado a milhares de anos no Ártico pelos esquimós. Os barcos eram construídos com os materiais disponíveis no local. Peles de foca costuradas com tendões de animais, a pedaços de madeira, ossos de baleia entre outros.
Apesar de tão poucos recursos, os esquimós criaram barcos muito bons, e
navegavam com eles em expedições onde caçavam para garantir a sua
sobrevivência em um dos ambientes mais hostis do planeta.
Antes de mais nada é necessário enfatizar que não há um modelo que atenda a várias características simultaneamente. À rigor cada objetivo impõe uma característica própria, daí a escolha dever priorizar algum aspecto QUE CADA BARCO PODE ATENDER: - Facilidade de remar - Beleza estética Os dois últimos itens não fazem parte da performance do caiaque como
barco e não serão aqui analisados. BARCOS PARA A CANOAGEM DE LAZER Estes barcos devem priorizar facilidade de remar, conforto, segurança e praticidade.Serão descritos os seguintes tipos de barcos que se encaixam na categoria lazer: aberto, caiaque turismo, corredeira e expedição: Caiaque Aberto: Este caiaque não tem a
parte de cima e não forma um buraco para o canoísta colocar os pés. É
como se fosse uma prancha em cima da água. A principal característica é
a facilidade de subir nele seja estando de lado numa água rasa seja num
lugar onde não dá pé. Estes barcos devem ser curtos (menos que 3,00m) e
largos (mais que 0,65m ) para serem estáveis. Adaptam-se, com facilidade
a qualquer situação de água, até um nível grau 2 (no máximo) para rios
caudalosos. Acessórios para levar pequenas cargas e de conforto são
instalados. Alguns modelos são auto-drenáveis, pois tem furos para
esgotar a água que entrar na parte de cima ,isto é no banco. Caiaque de turismo: Estes caiaques são
fechados e tem, em geral comprimento maior que 3,5m. São caiaques
destinados a quem pretende empreender pequenas expedições ou passeios
mais longos. Eles são confortáveis, mas exigem alguma experiência e
habilidade, em especial, para subir nele e esgotar água em caso de
inundação interna. Sua vantagem sobre os barcos mais curtos é a
velocidade. Pode-se dizer que com o mesmo esforço físico eles atingem
maiores distâncias que os barcos de 3,00m. Caiaques de
corredeira: São barcos de lazer , mas para serem usados em águas
brancas, isto é , rios com ondas, pedras, redemoinhos, refluxos e outros
movimentos em turbilhão e exigem experiência e prática do canoísta. Caiaques de expedição: São barcos especialmente previstos para grandes travessias no mar ou rios. São barcos compridos (mais de 4,5m) , com formas para serem velozes e dispõe de compartimentos estanques para guarda de bagagem. BARCOS PARA A CANOAGEM ESPORTIVA DE COMPETIÇÃO
Caiaques de Velocidade: São denominados K1.
São barcos muito finos, com comprimento de 5,2m, formas, hidrodinâmica
para diminuir a resistência e leves (12 Kg) . São barcos muito
instáveis. Caiaques de Slalom: Também são chamados de
K1-Slalom são barcos de 4,0m de comprimento , muito largos para serem
estáveis, com proa e popa afinados e com grande manobrabilidade. São
barcos muito específicos para as condições das competições desta
modalidade. Caiaques para Caiaque-polo: São barcos de
3,0 m de comprimento e que tem formas arredondadas e biqueiras na proa e
popa, por regras de segurança para a pratica do jogo de caiaque-polo,
pois podem ocorrer choques entre caiaques. Tem grande manobrabilidade.
Largura cerca de 0,55m. Caiaques de Descenso: São feitos para
descer velozmente rios com corredeiras. Tem 4,5m de comprimento, 0,60m
de largura e um grande volume na proa para furar as ondas. Caiaques de Maratona: Emprega-se o mesmo caiaque K1 da velocidade. As provas são de longos percursos ,cerca de 10 Km, e trechos onde se deve carregar o caiaque, por terra. Caiaques de Oceânica: São barcos velozes
mas com maior estabilidade que o K1. Tem mais de 5m de comprimento. Para
enfrentarem ondas e marolas tem um perfil longitudinal com a proa e popa
bem levantados. Caiaques de caiak-surf: São feitos para
descer ondas realizando manobras sobre as ondas como no surf
tradicional. Tem comprimento de cerca de 2,5m, formas chatas no fundo e,
em geral, largas. As características dos barcos seja de lazer ou de competição descritas acima são validas, de forma geral, para os modelos para 2 pessoas chamados duplos. Fonte: |
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